eu sou mesmo
uma metamorfose
ambulante,
inconstante,
inconsistente,
e, muitas vezes,
incoerente
é bom:
posso abrir as asas e ser
sem que ninguém me diga
como sou
ou não devo ser
não quero ser nada
pra ninguém,
a não ser tudo
pra mim mesma
sou feliz,
sou triste,
sinto amor
e ódio também
julgo mal as pessoas
mas as julgo bem, também
tenho uma caixa de sal na minha sacola
e uma de açúcar também
e tomo banho de mar
sem me importar em molhar o meu cabelo,
ou a roupa inteira
me atiro de cabeça
em quase tudo o que faço
ou digo
com muita paz de espírito,
ou muita inquietação
assim vivo com intensidade
cada momento que me é dado
os outros momentos arranco,
feito beijo estalado,
daqueles que a gente dá
e depois sai correndo,
por vergonha
ou pra rir sozinho
de tanto contentamento
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